domingo, 6 de janeiro de 2019

Anastácia Nikolaevna: A verdadeira história por trás do mito


Quem nunca ouviu falar do desenho de título "Anastácia", de 1997? até hoje assistido por jovens e adultos no mundo inteiro, com uma veia de humor, um pouquinho de romance e um vilão diabólico, nos faz viajar pela Rússia imperial, de luxo e grandes bailes. Mas o objetivo aqui não é dar spoilers sobre o desenho e sim contar pra vocês a verdadeira história por trás dele, já que a princesinha Anastácia, realmente existiu e o desenho se inspirou nela, vamos descobrir o que é verdade e o que é mito em tudo isso.
Antes de falar da nossa personagem principal, vamos falar dele, que roubou a cena no desenho e nos fez até torcer pelo vilão em alguns momentos, estou falando de GrigorioRasputin, o curandeiro oficial da família real, tudo porque o príncipe e herdeiro do trono, Alexei sofria de hemofilia e somente Rasputin conseguia fazer os sangramentos pararem, há quem diga que ele fazia uso de magia negra e levava uma vida promíscua, Rasputin foi assassinado em dezembro de 1916, por  pessoas que achavam que ele manipulava o Czar através de bruxaria.
Imagem relacionada
Agora sim vamos falar da gran duquesa Anastácia Nikolaevna Romanov, que foi a segunda filha do Czar Nicolau II da Rússia, a sua favorita, a lenda da princesa se espalhou por toda Europa mesmo após sua morte, tudo porque com a queda do czarismo Russo e tomada do poder pelo partido socialista, por meio dos Bolcheviques, a família real Russa foi mantida presa dentro de uma de suas casas, de maio de 1918 até o dia 17 de julho de 1918, quando foi decidida a execução de todos os Romanov, todos foram levados ao porão da mansão onde foram executados á tiros, e foi nesse momento que nasceu o mito de Anastácia, provavelmente por causa da grande quantidade de jóias que usavam, as mulheres resistiram por mais tempo aos tiros, o exército Bolchevique com medo de sofrer retaliações por haver executado sumariamente toda a família, criou a desculpa de que por causa da enorme fumaça causada pelos disparos, alguns membros da família acabaram fugindo. Reforçando a história, um grupo de camponeses afirmou ter visto a princesa vagando pelos vilarejos e com pena, um soldado a teria ajudado. Essa história se espalhou por toda a Europa e ao longo do tempo, várias mulheres apareceram dizendo ser a gran duquesa perdida, a mais famosa delas, Franziska schanzkowska levou o caso a justiça, reivindicando a fortuna dos Romanov, após 15 anos de um longo processo e um teste de DNA, a falsa Anastácia foi desmascarada. Em 1989, após o fim do regime socialista na Rússia, os corpos dos Romanov foram encontrados em covas próximas a mansão onde foram executados e em 1998, seus corpos foram levados a cidade de São Petesburgo e sepultados na cripta da catedral de São Pedro e São Paulo. Desde o ano 2000, a igreja ortodoxa Russa, canonizou toda a família. 
Retrato da família ainda no poder
Foto:Wikimedia Commons

Então foi isso, gente. Tentei falar de uma forma bem resumida, pra leitura não ficar cansativa.
Depois de saber a verdadeira história, a gente assiste o desenho com outros olhos e conseguimos captar muitas referências e mensagens escondidas. Pra quem ainda não viu o desenho, recomendo. E quem tiver alguma dúvida, pode ficar á vontade pra perguntar. beijinho beijinho, tchau tchau!

6 comentários:

  1. Muito interessante. Obrigado por nos presentear com essa pitoresca história da Rússia e dos czares especificamente.
    Pra continuarmos na Rússia, bom seria, falar mais sobre os bolcheviques, a divisão entre eles q ocasionou revoltas e a ascensão de outro grupo ao poder q governou até a perestroika. Minha sugestão. Gostaria muito de aprender sobre iss; ou quem sabe a participação russa na II Guerra Mundial e seus desdobramentos até a Guerra fria!
    Abraço e obrigado !

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  2. Muito bom saber um pouco mais sobre a história e de onde surgiu o desenho. Parabéns pela iniciativa!

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  3. Gostei. Historia sempre foi minha paixão.

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  4. Também gostei.
    https://antoniovalentim.wordpress.com/

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  5. Eu como maior incentivador não esperava menos do que li, Muito bom e obrigado por dividir conhecimento conosco.

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  6. Muito bom. Leitura dinâmica, leve e interessante. Parabéns Hendy!

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